Viação Santa Brígida usa telemetria para aumentar eficiência e segurança da frota
A Viação Santa Brígida, empresa de transporte que opera linhas urbanas nas regiões norte, noroeste, sudeste e central da cidade de São Paulo, investiu em telemetria para melhorar a gestão de frotas de transporte de passageiros.
Segundo Fernando Cesar, gerente de manutenção da Santa Brígida, a empresa já conhecia a telemetria anteriormente ao participar de um projeto, cujo objetivo foi tratar a tecnologia de forma inteligente. Utilizando o conceito da transmissão de informações, o projeto permitiu à empresa agregar o tratamento das informações coletadas, entendendo o que fazer com cada resultado.
Fernando explica o que motivou a Santa Brígida a investir no projeto:
“No nosso dia a dia temos várias ocorrências com a frota, como o número de avarias, consumo de combustível, sistema de freio com quilometragem limitada. Pensávamos como seria entender esses números, trazendo resultados mais exatos, com uma operação mais segura. Com o projeto da telemetria, conseguimos ter essa precisão e entender as informações que eles nos trazem em tempo real, do ponto mais crítico, seja na Operação ou na Manutenção. Esse foi um dos principais motivos para dar início ao projeto“.
O projeto piloto durou quatro meses, e consistiu na instalação de duas unidades de conexões na Viação Santa Brígida, duas na Viação Caieiras, duas na Auto Viação Urubupungá e duas na Urubupungá Transportes e Turismo, todas empresas do Grupo NSO.
Atualmente, o Grupo NSO possui cerca de 9 mil colaboradores, 2 mil veículos, cerca de 180 linhas urbanas e, aproximadamente, 600 linhas atendidas pelo fretamento.
Os itens coletados no projeto foram a velocidade excessiva, a aceleração brusca, a freada brusca, a curva brusca, o excesso de rotação e a condução fora da faixa verde.
Foram duas fases nesse período. No começo, buscou-se entender como a tecnologia da telemetria iria funcionar numa situação em que o motorista operava o ônibus sem saber que estava sendo monitorado. Na fase seguinte, já ciente do projeto, o motorista atuou com conhecimento de quais eventos de condução estavam sendo analisados.
O projeto contou com a participação de várias áreas da empresa, como Manutenção, Operação e Recursos Humanos do Grupo NSO, do qual a Santa Brígida faz parte.
Os números em percentual foram surpreendentes, como conta Fernando Cesar. “Com a telemetria instalada, pudemos ver numericamente a forma como estávamos conduzindo o carro“, diz.
Em algumas garagens havia um índice de erros de condução a cada 5 quilômetros rodados. Hoje, na mesma garagem, o resultado de um erro de condução é visto a cada 70 quilômetros rodados. “A partir disso, conseguimos entender o quanto o projeto contribuiu“, explica.
Fernando conta os dados do projeto no Grupo NOS: “Temos um resultado de 32 quilômetros rodados por erro, depois do projeto Intelemétrica ser implantado em todo o grupo. Ou seja, no Grupo saímos do patamar de 3 quilômetros rodados por erro para o resultado de 32 quilômetros por erro de condução, no período de julho de 2016 a agosto de 2017 (resultado de um ano)“.
A solução foi implementada pela MiX Telematics, que utilizou uma tecnologia indicada para frotas que exigem mais controles, permitindo reduzir gastos com combustíveis e manutenções, aumentando o controle e reduzindo a ociosidade da frota.