Prefeitura de SP autoriza a contratação de duas empresas para operar o sistema Aquático
03/09/2024
F. Andreis Neto e Internacional Marítima, credenciadas em chamamento público, assumirão sistema de barcos por 12 meses; cada contrato tem valor de R$ 4,74 milhões
A prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, autorizou a contratação de duas empresas para a operação do Aquático-SP, sistema de embarcações que transporta passageiros entre os terminais Mar Paulista e Cantinho do Céu, na represa Billings, na zona Sul da cidade.
Como mostrou o Diário do Transporte , a SPTrans definiu, por sorteio, a ordem de contratação dentre as quatro empresas credenciadas pelo Chamamento Público. Relembre:
A ordem de contratação foi definida por sorteio realizado nessa segunda-feira, 26 de agosto de 2024, dentre as quatro empresas credenciadas pelo Chamamento Público, na seguinte ordem:
1º - F. Andreis Neto Ltda,
2º - Internacional Marítima Ltda
3º - BK - Consultoria e Serviços,
4º - Marfort Serviços Marítimos.
As duas primeiras colocadas receberão cada o valor de R$ 4,74 milhões pelo período de 12 meses.
As empresas escolhidas são: F. Andreis Neto Ltda e Internacional Marítima Ltda
A prefeitura precisou definir uma empresa para assumir as operações do Aquático porque este sistema de barcos seria operado pela Transwolff, mas a empresa de ônibus foi alvo, em abril de 2024, da operação Fim da Linha, do Ministério Público de São Paulo, que investiga supostas ligações de diretores com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Com isso, a prefeitura tomou de volta a concessão dos serviços do Aquático. Já as operações ônibus estão sob intervenção do poder público desde o dia da deflagração dos trabalhos do MP que resultaram na prisão de diretores da Transwolff, que atualmente respondem em liberdade. Diretores de outra empresa de ônibus, a UpBus, que atende a zona Leste, também foram alvos da mesma operação do Ministério Público.
Enquanto isso, são os cofres públicos que têm mantido financeiramente os serviços.
CHAMAMENTO:
O sistema hidroviário na represa Billings está sob responsabilidade da SPTrans - São Paulo Transportes.
De acordo com o documento, a que o Diário do Transporte teve acesso, "a empresa contratada deverá fornecer embarcação e respectiva tripulação, de modo a mantê-la em pleno funcionamento para execução da operação, bem como, será responsável pelas manutenções preventivas e corretivas, durante o período de execução do contrato ".
A embarcação para a prestação do serviço deverá atender as seguintes características:
AQUÁTICO
A operação do Aquático foi assumida pela Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora dos transportes da capital, uma vez que a Transwolff, empresa de ônibus que seria concessionária do sistema hidroviário, é alvo de investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), e está sob intervenção da prefeitura.
O MPSP apura supostas ligações de diretores da companhia com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
A intervenção nas empresas vem desde 09 de abril de 2024.
Juntamente com a empresa de ônibus UpBus, também alvo da Operação, a Transwolff está sob intervenção da prefeitura.
Desde o dia 05 de agosto começou a operar na Represa Billings a terceira nova embarcação do Aquático-SP, contando com capacidade para 60 passageiros sentados, nomeada Santo Amaro.
O barco, que atende os usuários das 8h40 às 18h, conta com acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, com espaço para fixação de cadeira de rodas, além de ar-condicionado, tomadas USB, wi-fi e banheiro também acessível.
De acordo com a SPTrans, responsável pelo gerenciamento das linhas de ônibus da cidade de São Paulo e do Aquático-SP, as embarcações da hidrovia já transportaram mais de 81 mil passageiros entre os dias 13 de maio e 2 de agosto de 2024, em 2,5 mil viagens, considerando ida e volta.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes